PPP: Pessoas, Processos e Produtos – A Mentalidade de um CEO
Sumário
Se você sonha em se tornar um CEO ou já ocupa esse papel, precisa compreender que a tríade Pessoas, Processos e Produtos (PPP) é mais do que um mantra corporativo: é o alicerce da gestão estratégica. O equilíbrio entre esses três pilares não apenas sustenta a operação de uma empresa, mas direciona o crescimento sustentável e a inovação.
Mentalidade de um CEO: Uma analogia para simplificar
Imagine uma orquestra.
- As Pessoas são os músicos, cada um com seu talento e instrumento único.
- Os Processos são a partitura, que orienta a sinfonia, garantindo harmonia e ritmo.
- Os Produtos são a música que chega ao público: a expressão final de valor, emoção e impacto.
Um CEO é como o maestro: precisa alinhar talentos, respeitar o tempo de cada processo e entregar uma melodia que encante o mercado e gere resultados. Sem músicos engajados, sem partitura bem estruturada ou sem a entrega da música, o espetáculo não acontece.
Pessoas – o centro da estratégia
“A cultura devora a estratégia no café da manhã”, já dizia Peter Drucker. Isso nos lembra que sem pessoas engajadas, competentes e bem lideradas, nenhum processo ou produto se sustenta. Liderar como CEO exige investir em desenvolvimento humano, criar uma cultura de confiança e alinhar talentos ao propósito da organização.
Processos – a engrenagem que sustenta a visão
Michael Porter (1985), com seu modelo de vantagem competitiva, enfatizou que processos bem definidos são fontes de eficiência e diferenciação. Um CEO deve garantir processos claros, ágeis e capazes de se adaptar às mudanças do mercado, integrando tecnologia, sustentabilidade e inovação. Aqui, a governança e o compliance não são apenas controles, mas instrumentos de credibilidade.
Produtos – a expressão tangível de valor
Clayton Christensen (1997), em sua teoria da inovação disruptiva, mostrou como os produtos que desafiam o status quo transformam indústrias inteiras. O produto é a materialização da proposta de valor ao cliente. Para o CEO, não basta entregar qualidade; é preciso antecipar tendências, ouvir o consumidor e gerar impacto positivo, conectando-se às novas demandas da sociedade.
Sustentabilidade – o quarto elemento invisível
No século XXI, nenhum CEO pode se limitar apenas ao tripé clássico. É preciso pensar em sustentabilidade, não como um “extra”, mas como o fio que costura Pessoas, Processos e Produtos. A Agenda 2030 e os ODS da ONU reforçam que empresas precisam alinhar seus negócios a práticas éticas, inclusivas e de impacto ambiental positivo.
- Com as pessoas: promover diversidade, inclusão e bem-estar.
- Nos processos: reduzir desperdícios, adotar práticas circulares e inovar com responsabilidade.
- Nos produtos: entregar soluções que não apenas gerem lucro, mas também melhorem a vida das pessoas e preservem o planeta.
Tornar-se CEO – da visão à execução
O verdadeiro papel de um CEO não é escolher entre Pessoas, Processos ou Produtos, mas sim integrar os três em um modelo de gestão coerente, inovador e sustentável.
- Pessoas trazem a energia e a criatividade.
- Processos dão ordem e escala.
- Produtos conectam a empresa ao mundo, gerando valor e resultados.
- E a Sustentabilidade garante que tudo isso faça sentido no longo prazo.
Assumir a cadeira de CEO é aceitar o desafio de equilibrar essa tríade com visão de futuro, coragem e responsabilidade, adicionando o compromisso de deixar um legado positivo para a sociedade e para o planeta.
E você, percebe seu CEO equilibrando de forma equilibrada essa tríade? E se você já é um CEO de uma empresa você equilibra esses indicadores de forma otimizada? Esse conteúdo fez sentido para você? Agregou de alguma forma?
Eu gosto muito de receber o feedback de vocês para saber o impacto do meu conteúdo e então direcionar aa próximas edições para vocês!
Até a próxima!
por Dra. Nazareth Ribeiro, PhD. Psicóloga; Especialista em Gestão de Pessoas; Mentora de Carreira; CEO da Apta Psicologia e Neurofeedback ; Profa. nos MBAs e nos cursos e formação executiva na Fundação Getulio Vargas FGV Educação Executiva ; Doutora em Negociação com foco em liderança e certificada em relatórios de sustentabilidade pela COPPEAD UFRJ
Referências
- CHRISTENSEN, Clayton. The Innovator’s Dilemma: When New Technologies Cause Great Firms to Fail. Harvard Business Review Press, 1997.
- DRUCKER, Peter. Management: Tasks, Responsibilities, Practices. Harper & Row, 1973.
- PORTER, Michael E. Competitive Advantage: Creating and Sustaining Superior Performance. Free Press, 1985.
- ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. ONU, 2015.